domingo, 21 de novembro de 2010

um dia de cada vez

Quando meus olhos se fecharem, talvez se fechem ao lado dos teus. Ah! Essa saudade eu sei de cor. Sei que rasga e dói. Sei que tudo mata e tudo me faz voltar a viver. Estou tonta. Embriagada de cansaço. Meu cansaço e a minha embriaguez. Ressaca [apenas de sono], manhãs de insônia. Sobriedade. Desequilíbrio. Sons breves, mínimos e sétimas acima. Terças talvez. Uma quinta. Como tudo se acaba na quarta-feira - de cinzas e de sonhos. Paixões que se foram e formaram um grande pedaço de vazio. Calafrios. Frio. Buracos em minha alma. Vão em minhas mãos. Calma. Essa saudade meu amigo, eu sei de cor.




Karin Segalla Ferreira