terça-feira, 3 de junho de 2008

No one

Quem deve ser eu e aonde deve estar você, meu amor?
Eu poeta afogado em rima sem gosto de vida
E você a vida rindo pra mim, ainda que invisível?
A vida feia em você e eu pintor visionário
Tentando retocar o que é cruel, mas pulsa e faz sentido?

Mais certo que eu seja um romântico anacrônico
E você um trem que por distração eu tenha perdido
(O tempo não espera por ninguém e já foi tudo dito)



Cazuza

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