Minha boca morre de sede
e enfim mergulha despida num desejo insípido.
E esse silêncio de prazer e som
se completa nas palavras desse mar proibido.
Os olhos perseguidos num passado -
presente distante coagido -
que na memória se faz contido.
E num instante, numa lembrança retida,
permanece intacto, obscuro
e com o restante do vazio intenso do presente
da solidão que me encontro,
te retrata num verso que não sei dizer...
- e eu, a cada passo, feito num compasso de esperança,
faço a amarga música da qual me alimento.
Karin Segalla Ferreira
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