terça-feira, 1 de abril de 2008

Argúcia

Da cabeça aos pés tudo é perigo, tudo é proibido.
Dois corpos despidos e um desejo incerto no escuro do precipício.
Teu beijo doce, tua boca fugaz nos meus lábios,
amargura impiedosa que me tortura, argúcia iverossímil
que me encontro imerso.
Sou pecador, da vontade, do desejo... e de um ensejo calado saio
com exatidão à procura dos teus passos, e num trago me desmonto.
Nesse fervor de angústia, nessa vontade de liberdade faço os versos
de um inverso desconhecido - na minha cara estampado e entre
rimas convertido.



Karin Segalla Ferreira

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