Na multidão busco o meu amor, ainda anônimo. Seu rosto desconheço, entre tantos outros que passam pela avenida - que me esqueço, e por onde tantas vezes me perco. Me perco através das palavras contidas; das praças e ruas sem saídas. Beijos libertinos de rosas e espinhos caem sobre o veneno da boca da lixeira do luxo. Eu, poeta embriagado, afogado em rimas sem gosto, de indas e vindas num mesmo corpo, finjo que o tempo espera, e o romântico se entrega.
-É importante se ir ao inferno, ficar uma semana.
Karin Segalla Ferreira
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