sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Acalmaria

Tornastes calmas minhas lástimas
Em outras horas puseste-me cólera
Mas guardei teu amor como por Fátima

Repousei minhas mãos como na véspera e
Senti teu verso mais sincero
Como as águas que trouxera
Em teus desejos de quimera

Tuas mãos nas minhas, frias
Devaneios de um passado austero

Então trouxeste meu véu, veludo branco
O anel rubi e toda a sorte
A luva lilás e as mãos frias

Calaste minh’alma em tua voz
Que entre os seus versos se perdia

Calei-me assim, só, em tua paz
Vivi em teu lugar a minha morte
Que o passado me impedia.





Karin Segalla Ferreira

terça-feira, 6 de setembro de 2011

De novo?

De novo eu começo a escrever aquilo que me d ói. Essa ânsia de tempo. Ansiedade. Ânsia de resposta. Imediatismo. Crio tantas coisas em meu mundo. Não sei mais distinguí-las. Não sei mais o que é real, o que é fantasia. Não sei se escrevo sobre você. Se escrevo sobre mim. Se escrevo sobre nós, que não somos. Não quero escrever nada! Já escrevi demais. Escrevi cartas, poemas, artigos sobre amor. Li Schopenhauer, quis entender Nietzsche, vivi um pouco de Bukowski. A verdade é qu'eu não sei nada. Nem de mim, nem deles, nem de nós. Nem quero mais.
Essa espera que insiste em persistir. Minha mente que não para um segundo de imaginar as mais diversas situações ao teu lado. Meu peito inquieto atrás de calma. Atrás de desespero. Acalma-me. Dá-me logo essa resposta. Cala minha boca. Minha mente. Minha sorte. De você só quero rosas. Nem beijos, nem abraços, nem carinhos sem ter fim. Só o melhor em mim. Minha parte mais sincera. Teus olhos e algumas rosas.



Metafísica.




Karin Segalla Ferreira