sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Acalmaria

Tornastes calmas minhas lástimas
Em outras horas puseste-me cólera
Mas guardei teu amor como por Fátima

Repousei minhas mãos como na véspera e
Senti teu verso mais sincero
Como as águas que trouxera
Em teus desejos de quimera

Tuas mãos nas minhas, frias
Devaneios de um passado austero

Então trouxeste meu véu, veludo branco
O anel rubi e toda a sorte
A luva lilás e as mãos frias

Calaste minh’alma em tua voz
Que entre os seus versos se perdia

Calei-me assim, só, em tua paz
Vivi em teu lugar a minha morte
Que o passado me impedia.





Karin Segalla Ferreira

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