E eu sempre acreditei que havia música em seus dedos e palavras de amor em minha roupa escritas. (Cecília M.)
terça-feira, 2 de dezembro de 2008
Next to you
De sons guardados, "distrações e trens perdidos"
Nossos corpos e o silêncio oculto do destino
Lembrei dos teus lábios, e o gosto que me encontrava
a cada instante
[Aqueles lábios que me silenciavam, deixavam o tom do prazer que ia...
e o sopro do tempo, sempre; agora]
- quando estás aqui.
Karin Segalla Ferreira
terça-feira, 18 de novembro de 2008
Dele
Ele é o centro da terra e o universo. E nós somos partes Dele, e dele.
Tudo na terra provém Dele, tudo é vontade e desejo, desejo de ter vontade desse mistério todo - desprovido de ilusões, ilusões notórias de verdades ilusórias. Nele morremos, vivemos, nascemos, somos parte da história, e fazemos a nossa. Somos personagens antagônicos desse teatro da vida, dessa vida que é feita de situações teatrais e momentos cheios de significação. Por isso é preciso ter atenção. Atenção para o refrão! “É preciso estar atento e forte, não temos tempo de temer a morte”.
Karin Segalla Ferreira
sábado, 15 de novembro de 2008
Come around and talk it over
So many things that I wanna say
You know I like my girls a little bit older
I just wanna use your love tonight
I don't wanna lose your love tonight
I ain't got many friends left to talk to
No one's around when I'm in trouble
You know I'd do anything for you
Stay the night but keep it undercover
I just wanna use your love tonight
I don't wanna lose your love tonight
Trying to stop my hands from shakin'
Somethin' in my mind's not makin' sense
It's been a while since we were all alone
I can't hide the way I'm feelin'
As you leave me please would you close the door
and don't forget what I told you
Just 'cause you're right - that don't mean I'm wrong
Another shoulder to cry upon
I just wanna use your love tonight
I don't wanna lose your love tonight
Yeah
I just wanna use your love tonight
I don't wanna lose your love tonight
I just wanna use your love tonight
I don't wanna lose your love tonight
Tonight
Your luv - Oufield
terça-feira, 4 de novembro de 2008
Poema para São Paulo ou Mais um na multidão
-É importante se ir ao inferno, ficar uma semana.
Karin Segalla Ferreira
Terceira margem do rio
Imagem do desconhecido. Do perigo. Impreciso. Um silêncio pleno de sentido atordoa os meus dizeres além da forma e conteúdo das margens limitadoras da palavra. Pois para o silêncio não há resposta. O que há é a poesia. Aquilo que o silêncio oculta, o gesto diz - o silêncio fala por si só, assim como a música. Na busca de elementos, desses vãos momentos que se ausentam deixando o essencial: o silêncio e as palavras.
- [Saudade e lamento].
Karin Segalla Ferreira
sexta-feira, 31 de outubro de 2008
Nada a ver
''Eu te amo o infinito.''
Karin Segalla Ferreira
(obs: teclado desconfigurado)
Desencanto
Relacionamentos rompidos. Frases desregradas, pensamentos
desmedidos. Memórias daquele futuro presente. Coagido. Revivido.
Março. Um outro marco em minha vida. Outro acalento.
- Outro desencanto.
Karin Segalla Ferreira
sexta-feira, 24 de outubro de 2008
Acaso
A mesma noite - regada de insônia. O mesmo dia - que amanhece sempre cinza - à procura de espaço prum entardecer vermelho, repleto de sons e cores. E eu, à espera do teu encontro revejo a minha face no espelho. Busco uma inspiração, um medo.
[Preso ao meu instinto - reviro, procuro, acho aquele acaso desconhecido.]
Karin Segalla Ferreira
sábado, 23 de agosto de 2008
FY
Não há pôr-do-sol que valha desviar seu olhar do dela. Eu te amo.
Eu também te amo. Eu te amo mais. Impossível. Eu te amo o mundo.
Eu te amo o universo. Te amo tudo aquilo que não conhecemos.
E eu te amo antes que tudo o que nós não conhecemos existisse.
Eu te amo. Eu te amo. Eu te amo mais do que a mim.
‘Já conheço os passos dessa estrada’... E, mesmo assim,
estarei sempre pronto para esquecer aqueles que me levaram a
um abismo. E mais uma vez amarei. E mais uma vez direi que nunca
amei tanto em toda a minha vida.'
Fernanda Young
terça-feira, 19 de agosto de 2008
Once more
Com a ilusão do tempo
Que foi perdido
Numa manhã cinza.
[Esta tua ânsia recíproca de ter o que não existe, mancha os meus lábios sempre aguados, junto ao teu gosto sempre tão amargo.]
Karin Segalla Ferreira
domingo, 10 de agosto de 2008
Efeito Urano II
(pg. 9)
"E gostaria de informar que o meu amor por ela foi uma composição de Béla Bartók; isso significando que aqui vai bater o ritmo descontínuo que tem a sua passagem em meu coração."
(pg. 11)
Fernanda Young
domingo, 8 de junho de 2008
O homem de bem
Allan Kardec
quarta-feira, 4 de junho de 2008
O tempo não pára
terça-feira, 3 de junho de 2008
O amor é brega
Escovando os dentes de manhã
Na janela
O amor é brega como o pão saindo da padaria
...
O amor é brega
Eu quero um
...
Cazuza
No one
Eu poeta afogado em rima sem gosto de vida
E você a vida rindo pra mim, ainda que invisível?
A vida feia em você e eu pintor visionário
Tentando retocar o que é cruel, mas pulsa e faz sentido?
Mais certo que eu seja um romântico anacrônico
E você um trem que por distração eu tenha perdido
(O tempo não espera por ninguém e já foi tudo dito)
Cazuza
terça-feira, 20 de maio de 2008
terça-feira, 22 de abril de 2008
É
[O ontem já fugiu das nossas mãos, se perdeu em nossos dedos.
O futuro está dentro de nós mesmos.]
Eu aprecio a vida, aprecio os adoradores dela
Aprecio seus amores - seus pecadores
Aprecio o sangue da inocência
Suas paixões e sentimentos, dores e conseqüências
ao soprar dos ventos que esperam o calar da noite
para soprarem seus cabelos.
(os cabelos da inocência, cabelos feios! Precisam mesmo é serem lavados, serem pintados, de vermelho, de azul, de luz, de amor.).
Karin Segalla Ferreira
Acabou
Eu penso nos teus beijos. Deleito-me com quem for, pois minha boca morre de sede, meu peito de amor, e nos teus lábios, na tua saliva, eu me alimentava, mergulhava despida, desprovida de mistérios num desejo insípido e sem fim. O prazer de silêncio e som se completava de palavras e ritmos naquele teu mar proibido, naquele teu labirinto. Gozo distante, coagido naquele passado contido nos teus braços.
Karin Segalla Ferreira
Hoje
Eu sou louco
e quando morrer
quero morrer aos poucos
prometo não assombrar teu corpo
prometo manter a minha alma um pouco
longe do amor
prometo estar sempre ao teu lado
vigiando a tua vida
serei teu anjo
cuidarei de ti
e dos teus amores
do céu
e dos seus sabores
e das estrelas
da lua
e das centenas de verdades
e mentiras
loucuras e poesias
pois sou louco
sou poeta
e morreria por ti.
(hoje eu descobri que sou aquilo que quero, e não aquilo que sou.)
Noite
Aqui tudo se encontra nas palavras
Adormências de um demente
Sentidos, amores fluentes
Mentiras ausentes
Vozes equalizantes
Verdades inventadas
Insônia
Sonhos de um futuro presente
Pílulas tranqüilizantes
E a vida é cheia destas coisas
Amor, preconceito, namoros e seus desfechos
Brigas, sol radiante, mar distante
-Lágrimas, choros constantes.
(palavras doces, amargas da paixão - sombrias lágrimas que chorei em vão.)
Karin Segalla Ferreira
Procurado
Eu procuro me buscar em teu corpo
Procuro me encontrar nas tuas curvas
Pois me perco em teu sorriso
Busco-me nos teus olhos
Encontro-me em tuas pernas
Desencontro-me nos teus lábios
Reencontro-me em tua pele
Escondo-me nela
Veludo rosa que me acalenta
Me sustenta
Protege-me do frio que fora do teu corpo faz
Longe da tua energia eu não vivo
Longe do teu corpo não sobrevivo
Pois sem ti me perco, me busco,
-não me encontro.
Karin Segalla Ferreira
Covardia
Eu sou covarde de não largar tudo e ir atrás do meu amor
de não solidificar as minhas emoções
nas rochas da convicção.
A dor me faz aprender as coisas muito mais rápido
e a velocidade dos acontecimentos me assusta.
Karin Segalla Ferreira
Summer
Sede do infinito - de te ter em todos os sentidos.
O teu sorriso me mostra o caminho, fico preso em teus olhos,
liberto os meus instintos nos teus lábios, me encontro no teu labirinto.
Nessa busca de mim mesmo te encontrei,
buscando em cada caminho as luzes perdidas no teu sorriso;
-buscando te fazer sorrir em cada caminho perdido.
Karin Segalla Ferreira
terça-feira, 15 de abril de 2008
Domingo
Mas cabe eu e você.
Você e eu.
Teu corpo no meu e o meu corpo no teu.
"Mentiras sinceras me interessam".
Karin Segalla Ferreira
Perfil
Não me preocupei em retraçar o histórico das minhas idéias;
deixei-me invadir pela lembrança afetiva: minha existência não
me parece constituída como uma cadeia de pensamentos,
mas como uma cadeia de sentimentos,
um "encadeamento de afeições secretas".
Karin Segalla Ferreira
segunda-feira, 7 de abril de 2008
Votos de submissão
aquele que você não usa por estar amarrotado.
Costuro as suas meias para o longo inverno.
Use capa de chuva, não quero ter você molhado.
Se de noite fizer aquele tão esperado frio
poderei cobrir-lhe com o meu corpo inteiro.
E verás como minha a minha pele de algodão macio,
agora quente, será fresca quando janeiro.
Nos meses de outono eu varro a sua varanda,
para deitarmos debaixo de todos os planetas.
O meu cheiro te acolherá com toques de lavanda
- Em mim há outras mulheres e algumas ninfetas
- Depois plantarei para ti margaridas da primavera e
aí no meu corpo somente você e leves vestidos,
para serem tirados pelo total desejo de quimera.
Os meus desejos irei ver nos teus olhos refletidos.
Mas quando for a hora de me calar e ir embora
sei que, sofrendo, deixarei você longe de mim.
Não me envergonharia de pedir ao seu amor esmola,
mas não quero que o meu verão resseque o seu jardim.
(Nem vou deixar - mesmo querendo -
nehuma fotografia.
Só o frio, os planetas, as ninfetas
e toda a minha poesia)
Fernanda Young
terça-feira, 1 de abril de 2008
Sobriedade
veria o sol, bêbado equilibrista dos céus
nascer em sintonia com teus lábios risonhos...
e a mais distante ilha dos sonhos te levaria,
e beberia em ressequida sede o desequiblíbrio
da sobriedade.
Karin Segalla Ferreira
Coming back to L.A.
Karin Segalla Ferreira
Morri
E os subterfúgios pros teus beijos...Ah! quem me dera romper a manhã ao teu lado... viajar em teu corpo em profundo delírio e recitar em rimas de beijos o meu sentimento mais profano.
Karin Segalla Ferreira
Argúcia
Dois corpos despidos e um desejo incerto no escuro do precipício.
Teu beijo doce, tua boca fugaz nos meus lábios,
amargura impiedosa que me tortura, argúcia iverossímil
que me encontro imerso.
Sou pecador, da vontade, do desejo... e de um ensejo calado saio
com exatidão à procura dos teus passos, e num trago me desmonto.
Nesse fervor de angústia, nessa vontade de liberdade faço os versos
de um inverso desconhecido - na minha cara estampado e entre
rimas convertido.
Karin Segalla Ferreira
sexta-feira, 28 de março de 2008
Crônica do amor
O amor não é chegado a fazer contas, não obedece à razão. O verdadeiro amor acontece por empatia, por magnetismo, por conjunção estelar.
Ninguém ama outra pessoa porque ela é educada, veste-se bem e é fã do Caetano. Isso são só referenciais.
Ama-se pelo cheiro, pelo mistério, pela paz que o outro lhe dá, ou pelo tormento que provoca.
Ama-se pelo tom de voz, pela maneira que os olhos piscam, pela fragilidade que se revela quando menos se espera.
Você ama aquela petulante. Você escreveu dúzias de cartas que ela não respondeu, você deu flores que ela deixou a seco.
Você gosta de rock e ela de chorinho, você gosta de praia e ela tem alergia a sol, você abomina Natal e ela detesta o Ano Novo, nem no ódio vocês combinam. Então?
Então, que ela tem um jeito de sorrir que o deixa imobilizado, o beijo dela é mais viciante do que LSD, você adora brigar com ela e ela adora implicar com você. Isso tem nome.
Você ama aquele cafajeste. Ele diz que vai e não liga, ele veste o primeiro trapo que encontra no armário. Ele não emplaca uma semana nos empregos, está sempre duro, e é meio galinha. Ele não tem a menor vocação para príncipe encantado e ainda assim você não consegue despachá-lo.
Quando a mão dele toca na sua nuca, você derrete feito manteiga. Ele toca gaita na boca, adora animais e escreve poemas. Por que você ama este cara?
Não pergunte pra mim você é inteligente. Lê livros, revistas, jornais. Gosta dos filmes dos irmãos Coen e do Robert Altman, mas sabe que uma boa comédia romântica também tem seu valor.
É bonita. Seu cabelo nasceu para ser sacudido num comercial de xampu e seu corpo tem todas as curvas no lugar. Independente, emprego fixo, bom saldo no banco. Gosta de viajar, de música, tem loucura por computador e seu fettucine ao pesto é imbatível.
Você tem bom humor, não pega no pé de ninguém e adora sexo. Com um currículo desse, criatura, por que está sem um amor?
Ah, o amor, essa raposa. Quem dera o amor não fosse um sentimento, mas uma equação matemática: eu linda + você inteligente = dois apaixonados.
Não funciona assim.
Amar não requer conhecimento prévio nem consulta ao SPC. Ama-se justamente pelo que o Amor tem de indefinível.
Honestos existem aos milhares, generosos têm às pencas, bons motoristas e bons pais de família, tá assim, ó!
Mas ninguém consegue ser do jeito que o amor da sua vida é! Pense nisso. Pedir é a maneira mais eficaz de merecer. É a contingência maior de quem precisa."
Jabor, Arnaldo
Amor é prosa, sexo é poesia
segunda-feira, 24 de março de 2008
Bruno
de retratar, relatar um sentimento
uma memória um esquecimento.
Às vezes eu me perco,
me encontro em partes pelo céu, pela estrada,
pelos caminhos tortuosos...
me acho em teus pensamentos, em teus desejos...
Neles, eu curo os meus anseios; encontro o remédio pros meus
medos nos teus lábios - sugo teu mel,
teu doce mais amargo.
Desvendo todos os teus mistérios e os perco ao olhar
nos teus olhos (cada mistério profundo, oculto, abstrato).
Acordo, os meus olhos se abrem, à primeira vista: o teu retrato.
Karin Segalla Ferreira
Incoerência
e enfim mergulha despida num desejo insípido.
E esse silêncio de prazer e som
se completa nas palavras desse mar proibido.
Os olhos perseguidos num passado -
presente distante coagido -
que na memória se faz contido.
E num instante, numa lembrança retida,
permanece intacto, obscuro
e com o restante do vazio intenso do presente
da solidão que me encontro,
te retrata num verso que não sei dizer...
- e eu, a cada passo, feito num compasso de esperança,
faço a amarga música da qual me alimento.
Karin Segalla Ferreira
Morena
prende-me em tua graça.
Arrasta os meus olhos ao teu corpo,
prende os meus lábios nos teus beijos.
E os teus olhos verdes
cor de um rio em movimento...
tua boca um desejo,
teus lábios que me prendem com um beijo.
Karin Segalla Ferreira
Amigo caco
como um minuto
como um segundo de alegria,
de paixão, de sol...
do vai e vem do mar
das ondas
ondas azuis
como as conversas de céus do mundo
céus profundos...
profundas viagens que tive em teu corpo.
Viagens que vivi...
intensas como estar vivo.
Karin Segalla Ferreira
domingo, 23 de março de 2008
Súbito
como uma escultura
que o vai e vem das ondas levou.
Karin Segalla Ferreira
Morrer
construiria uma barca com as minhas próprias mãos,
as mergulharia em meu íntimo
e morreria em alto mar!
Karin Segalla Ferreira
Águas fugidias
talvez nunca as importunasse em meu vocabulário,
talvez nunca tivesse tocado em teus lábios.
Ah! Eu queria navegar no ritmo dos teus quadris,
ver o sol - bêbado equilibrista dos céus -
nascer no âmago da madrugada ao horizonte infinito.
Ir à mais distante ilha dos sonhos
e admirar teus lábios risonhos;
beijar-te a boca em perfeita sintonia com as ondas do mar
quebrando em câmera lenta.
Karin Segalla Ferreira
sexta-feira, 21 de março de 2008
Perto do fogo
procuro encontrar saída :
- encontro teus olhos,
tua boca
e o teu corpo inteiro...
E os perco num breve espaço de tempo.
Como uma melodia sem rumo
nossos corpos num desejo errante pulsam ardentemente...
e o fruto proibido deixa o som do calar em
nossas bocas.
eu queria ficar perto do fogo, no umbigo de um furacão; e no peito um gavião.
(Perto do fogo; Lee, Rita/Cazuza)
Karin Segalla Ferreira
Blues do iniciante
mesmo amargo e impreciso. Se te alcanço uma memória, não me perco
a um breve traço...
Mas faço os teus olhos pulsarem de remorso quando chego em teu espaço.
Se procuro encontrar saída esqueço logo o trago e gero uma despedida.
- E agora?! ...
Jogo-me em teu compasso ou perco a medida??
Karin Segalla Ferreira
18/03/2008
Uma experiência profana em lábios carnudos
e imundos.
Beijos vertiginosos e dois corpos sem pudor se encaixam.
Duas bocas se pertencem por breves momentos; lacônicos,
intensos, profundos e afundados em rimas sem rumo.
[Sem rumo o meu destino, sem destino a minha vida...
e a tua, que junto a minha se completa nesses momentos cheios
de significação]
- Eu me entrego, e você?
Karin Segalla Ferreira
Mais um na multidão ou Poema para São paulo
Karin Segalla Ferreira